Teologia e Filosofia

Desde o início dá-se uma visão de como a filosofia é importante para a teologia. Afinal senão fosse ela talvez este termo não existiria.
A palavra filosofia vem do grego filosofia (filosofoj), que significam amor à sabedoria (amigo da sabedoria). De acordo com a cultura grega estes termos exprimem uma vontade do homem de se conservar nos limites da sua existência. Mas eles sabem que a obtêm como um empréstimo vindo do céu, isto é, uma sabedoria divina.
Segundo os filósofos gregos a sabedoria designa todo o saber que torna hábil uma obra técnica. O saber se uniu à virtude (capacidade) desde o início da filosofia e era um dos temas estudados pelos sofistas.
Os sofistas eram estudiosos que faziam da investigação e do ensino uma profissão. Naquela época eram tidos como os professores universitários de hoje. Sócrates e Platão os chamam de mestres da sabedoria ou os que tornam sábios.
A filosofia grega desde o início era teológica, começando por Tales, Anaximandro e Heráclito até o término do neoplatonismo de Plotino e de Proclos.
Na Idade Média a filosofia tornou-se ofício dos teólogos, da mesma forma, que a teologia dos gregos tornou-se o ofício dos filósofos.
Platão descreve a filosofia grega como o caminho do mito ao logos. Esta foi a fonte principal da formação da sua filosofia. Para ele o mito unia-se com o eros (poesia e amor sexual) e era subordinado à verdade, que estava subordinada ao logos.
A palavra logos logoj significa que é a palavra que compreende e que prova, ou melhor dizendo, é a força que tudo revela, mesmo que sejam as parcelas de verdades ocultas e suscetíveis de serem descobertas na tradição primitiva do mito, da linguagem expressiva ou metafórica.
Para Heráclito o logos é visto como um grito dirigido pelo sentinela a poucos homens de espírito alerta para que se libertem do sono dos conceitos, a fim de que os mesmos descubram e compreendam a profundeza de sua alma.
O logos diz e determina a verdade, busca a sabedoria única ao invés da multiplicidade dos conhecimentos. Por isso a bíblia relata que Cristo é o logos revelado por Deus. Como diz o texto em Jo 1.1,2. 
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. 
O vocábulo verbo que o versículo cita é o logos da filosofia. Então João estava afirmando que Cristo era a verdade, a sabedoria única, a qual só Deus (algo divino) podia ter e revelar ao homem.
Mas se a relação entre a filosofia e a teologia forem vistas como sabedoria, humana e divina, serão opostas. Pois a sabedoria humana tem limites e evita assuntos que não consegue desvendar, como a existência de Deus.
Entretanto há uma relação entre a teologia e filosofia, quando são vistas se ajudando mutuamente. Desta forma a filosofia ajuda a entender como o mundo pensa, para que se possa contextualizar a bíblia sem deturpação. E também, só pelo simples fato do homem pensar e tentar conhecer Deus pelos seus pensamentos, mostra que há um vínculo entre ambas.
Com base nesta e em outras linhas de pensamentos é que os pais da Igreja trabalharam suas teologias, tanto católica, como protestante.